domingo, 5 de julho de 2009

Morre o homem nasce o mito - Por Robson Jr.

Enquanto revejo vídeos famosos de Michael Jackson, volto um pouco no tempo e recordo cenas românticas envolvendo personagens vividos por Marília Pêra e Paulo Goulart, era o começo dos anos setenta, e se não me falha a memória, a novela era “uma rosa com amor”, ao fundo o clássico “ben” de Michael Jackson. Apesar do grupo Jackson ser formado por ele e os outros irmãos, era notório o brilho superior de Michael Jackson.
Que me desculpem os críticos de Michael, mas é difícil ouvir “childhood” sem se emocionar. Nela Michael pergunta textualmente “onde está minha infância?”. Naqueles tempos da formação do The Jackson Five, a infância de todos foi “roubada”, dizem até que o pai costumava bater nos meninos para que as apresentações ficassem impecáveis.
Quincy Jones afirma. “Perdi meu irmão mais novo e parte de minha alma foi com ele”. Quincy Jones foi parceiro no clássico Triller e no projeto We are the world, que juntou mais de uma dezena de artistas para somar forças contra a fome na áfrica, a música teve letra de Michael Jackson e Lionel Richie e produção de Quincy Jones, acabou revelando um monte de talentos até então restritos aos EUA.
Nos próximos dias muito será falado sobre Michael Jackson, uns dirão que era um gênio, outros, que era louco, por falar em louco, poderíamos sobre o ponto de vista da dança, compara-lo a Nijinsk, o bailarino que revolucionou o jeito de dançar, com uma diferença, Michael cantava e representava, o que fica evidente em triller que revolucionou o formato dos vídeoclipes. Se quisermos, mantendo as proporções de genialidade, compara-lo com alguém desta geração, poderíamos dizer que Justin Timberlake, que como Michael, canta, representa e dança, é o que mais se aproxima dele, podemos notar até uma certa semelhança de voz, mas no conjunto, não dá pra compará-lo com um artista que vendeu, até agora setecentos e cinqüenta milhões de cópias, que em apenas um disco, Triller, vendeu 21 milhões só nos EUA.
Talvez nunca saibamos ao certo quem era Michael Jackson, nem mesmo os tão próximos como Lis Taylor, uma espécie de paixão platônica dele.
Os filhos, são mais uma página excêntrica na vida de Michael. Esposas ou barrigas de aluguel? Ninguém sabe ao certo. Mas as melhores lembranças ficam mesmo nas produções que beiram a perfeição. Nesta última turnê Michael usaria uma roupa com milhares de diamantes, de formas e cores diferentes. Segundo familiares, ele vinha tomando muitos medicamentos para suportar a pressão da volta, e em se tratando de Michael Jackson, um novo show sempre gerava muita expectativa. Michael talvez não tenha resistido à pressão. Morre o homem, nasce o mito.



Robson Jr. é Radialista e trabalha em algumas emissoras da Ilha do amor (São Luís/MA)
Mesmo sem saber, foi meu professor em locução, influenciando minha rápida carreira no rádio.

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