quinta-feira, 30 de julho de 2009

Felicidade é precisar de pouco

O mundo globalizado vem se transformando em palco de uma guerra silenciosa onde o grande objetivo é reunir a maior quantidade de riquezas materiais.
Somos sistematicamente levados a crer que a nossa felicidade suprema está diretamente ligada a possuirmos o poder de comprar tudo aquilo que nos é inteligentemente divulgado pelos profissionais da mídia, nos forçando a fazer parte dessa guerra diária.
Porém essa guerra tem levado muitas pessoas a situações de grande estresse, principalmente ao descobrirem que estão se tornando escravas dessa onda consumista.
A partir dessa descoberta inicia-se um processo de reflexão e, geralmente algumas pessoas chegam a conclusões interessantes, passando a entender que além desse mundo globalizado não há mais nada. Somente a possibilidade de possuir coisas inúteis e que essas inutilidades pertencem tão somente a esse mundo criado para manter vivo o ciclo vicioso do consumo.
Algumas pessoas não conseguem se livrar desse sistema, mas outras passam a tentar descobrir o "algo mais" que os livrará dessa letargia, passando a valorizar pequenas coisas, a crer mais em Deus e, principalmente, comungar com a natureza momentos simples como um pôr do sol ou um banho de cachoeira na companhia de parentes ou bons amigos.
É nesse exato momento que se quebra uma barreira em que o homem deixa de ser um mero teleguiado e passa a ver que a verdadeira felicidade consiste em uma vida de paz e felicidade.

Fernando Camelier

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Biblioteca Pública para crianças - Por Iulo Lobo

Hoje fez um belo sol pra um sábado, um dia maravilhoso para passear. Aproveitei a companhia do meu irmão mais velho e decidi levar minha filha caçula na Biblioteca Pública dos Barris. Lembrei que há tempos, antes de morar fora de Salvador, levava minha filha mais velha, que hoje tem 11 anos, para a área infantil da Biblioteca. Era uma alegria imensa para minha primogênita poder passear pela área infantil, não só pelos livros, mas pelo palco e todo o espaço reservado para o audiovisual.

Cheguei na Biblioteca já pensando em fazer um cartão para a pequena quando fui informado por dois funcionários da recepção que apesar da biblioteca funcionar aos sábados até o meio dia, a área infantil não mais funciona naquele dia, somente de segunda a sexta, no horário comercial.

Não posso negar minha decepção, até por este motivo decidi escrever este texto. Terei de aguardar até as minhas férias para minha filha poder conhecer a biblioteca.

Ora, se na maioria das famílias os pais trabalham durante a semana, em horário comercial (com direito aos engarrafamentos do trânsito de Salvador) e se as crianças estão freqüentando a escola, por que motivo não é mais oportuno abrir o espaço infantil da Biblioteca Pública aos sábados?

O jeito foi levar a pequena para uma das megastores de um shopping da cidade e dividir com um grande público os seus espaços apertados. Minha filhinha de quase 2 anos de idade não vai mais querer um cartão de biblioteca e sim um cartão de crédito.

O site da Biblioteca pública do estado da Bahia é http://www.fpc.ba.gov.br/biblioteca_bpeba.asp


Iulo Lobo é economista e servidor público federal

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A ORIGEM DA EXPRESSÃO "QUINTO DOS INFERNOS"

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos". A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento do inconfidente que mais se expôs, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano de 2009 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção. Donde se conclui que atualmente, a carga tributária que nos aflige é perto do dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, ou seja, pagamos hoje "dois quintos dos infernos"...Salve nossos políticos, o PAC, o mensalão, o Senado com sua legião de "diretores", a festa das passagens, mordomos a peso de ouro, o bacanal com o dinheiro público!
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Recebi esse texto de Angélica Carvajal, mas desconheço a autoria. De qualquer sorte fica o registro dessa aula de história do Brasil.

domingo, 5 de julho de 2009

Morre o homem nasce o mito - Por Robson Jr.

Enquanto revejo vídeos famosos de Michael Jackson, volto um pouco no tempo e recordo cenas românticas envolvendo personagens vividos por Marília Pêra e Paulo Goulart, era o começo dos anos setenta, e se não me falha a memória, a novela era “uma rosa com amor”, ao fundo o clássico “ben” de Michael Jackson. Apesar do grupo Jackson ser formado por ele e os outros irmãos, era notório o brilho superior de Michael Jackson.
Que me desculpem os críticos de Michael, mas é difícil ouvir “childhood” sem se emocionar. Nela Michael pergunta textualmente “onde está minha infância?”. Naqueles tempos da formação do The Jackson Five, a infância de todos foi “roubada”, dizem até que o pai costumava bater nos meninos para que as apresentações ficassem impecáveis.
Quincy Jones afirma. “Perdi meu irmão mais novo e parte de minha alma foi com ele”. Quincy Jones foi parceiro no clássico Triller e no projeto We are the world, que juntou mais de uma dezena de artistas para somar forças contra a fome na áfrica, a música teve letra de Michael Jackson e Lionel Richie e produção de Quincy Jones, acabou revelando um monte de talentos até então restritos aos EUA.
Nos próximos dias muito será falado sobre Michael Jackson, uns dirão que era um gênio, outros, que era louco, por falar em louco, poderíamos sobre o ponto de vista da dança, compara-lo a Nijinsk, o bailarino que revolucionou o jeito de dançar, com uma diferença, Michael cantava e representava, o que fica evidente em triller que revolucionou o formato dos vídeoclipes. Se quisermos, mantendo as proporções de genialidade, compara-lo com alguém desta geração, poderíamos dizer que Justin Timberlake, que como Michael, canta, representa e dança, é o que mais se aproxima dele, podemos notar até uma certa semelhança de voz, mas no conjunto, não dá pra compará-lo com um artista que vendeu, até agora setecentos e cinqüenta milhões de cópias, que em apenas um disco, Triller, vendeu 21 milhões só nos EUA.
Talvez nunca saibamos ao certo quem era Michael Jackson, nem mesmo os tão próximos como Lis Taylor, uma espécie de paixão platônica dele.
Os filhos, são mais uma página excêntrica na vida de Michael. Esposas ou barrigas de aluguel? Ninguém sabe ao certo. Mas as melhores lembranças ficam mesmo nas produções que beiram a perfeição. Nesta última turnê Michael usaria uma roupa com milhares de diamantes, de formas e cores diferentes. Segundo familiares, ele vinha tomando muitos medicamentos para suportar a pressão da volta, e em se tratando de Michael Jackson, um novo show sempre gerava muita expectativa. Michael talvez não tenha resistido à pressão. Morre o homem, nasce o mito.



Robson Jr. é Radialista e trabalha em algumas emissoras da Ilha do amor (São Luís/MA)
Mesmo sem saber, foi meu professor em locução, influenciando minha rápida carreira no rádio.

sábado, 4 de julho de 2009

Por que o combustível é mais caro em Salvador?

Parece brincadeira, mas estamos ao lado da segunda maior refinaria de petróleo do país, a Landulfo Alves(RLAM). Temos ainda plantações de cana-de-açúcar espalhadas pelo nordeste e aqui nosso combustível é um dos mais caros.
Fico tentando imaginar como é que funciona esse esquema de precificação do combustível, mas até agora não consegui entender.
Um dia, um amigo que representa um sindicato de donos de postos de combustível me disse que as distribuidoras, aliás, a Petrobrás Distribuidora define os valores que serão cobrados para os postos de cada estado, podendo gerar distorções absurdas.
Outro dia, um outro amigo que trabalha na ANP falou que a carga tributária da Bahia é muito pesada e a boa notícia é que pelo menos aqui o combustível não é muito adulterado.
Em algumas ocasiões recebo correntes por email sugerindo boicotar uma bandeira ou outra de postos de combustíveis. Até que depois dessas correntes surgem promoções interessantes que duram algumas semanas antes de um aumento.
Esse texto é apenas um lamento em relação a situação que vivenciamos diariamente, na ânsia de que um dia as distorções existentes em um país tão grande quanto o nosso possam ser minimizadas.
Por enquanto deixo apenas a foto abaixo que foi tirada em uma recente viagem que fiz a São Paulo, onde abasteci com um combustível a um preço quase aceitável.




Fernando Camelier