segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mau atendimento X Satisfação do cliente por Luís Fernando Camelier

Cidades com grande potencial turístico deveriam ter excelência no atendimento ao seu público e Shopping centers com padrão internacional ainda mais.
Hoje resolvi escrever sobre esse assunto na cidade de Salvador, que infeliz e imperdoavelmente sofre com a falta de atenção dos empresários locais. Aqui ainda acontecem situações de mau atendimento a clientes em diversos setores, principalmente no da alimentação.
Semana passada deparei com um caso interessante: No restaurante Pavarotti do Salvador Shopping havia um prato apimentado sem nenhuma informação do que se tratava, ou seja, quem não come pimenta poderia se servir sem saber que aquele troço ali ardia. Ao reclamar com a atendente, percebi que ela nem olhou na minha cara e nem respondeu. Quando perguntei se ela entendeu o que falei, me respondeu de forma ríspida que já havia falado sobre o assunto com os proprietários do estabelecimento e nada foi feito até aquele momento.
Caramba! Pra que diabos existe o marketing, se não for pra fidelizar e encantar o cliente? Pelo que pude perceber, com o tratamento que recebi, quem vai aplaudir de pé o tal Pavarotti é a concorrência, até mesmo porque lá eu não vou mais.
Então hoje fui ao Monalisa no mesmo shopping. O mesmo esquema de comida self service por quilo e ao pegar a salada.... Putz... um cabelo e não era meu. Pedi outro prato mostrando o cabelo e a atendente o fez como um favor, demonstrando uma má vontade terrível. Certamente Leonardo Da Vinci ficaria no mínimo triste ao ver o nome de sua obra prima ser tão mal usado.
Ano passado estive em Praia do Forte, Pizzaria Cia do Forte, um atendimento sofrível, inclusive a turistas de outros países. O que será que eles vão comentar em seus países sobre a Bahia e o Brasil?
Pra essa turma sugiro a leitura do texto do Pedro Overbeck, Receita de sucesso, nos arquivos de 2009 do Blogstorm. Quem sabe um dia essa galera aprenda...
Lógico que tem os que se salvam. O Pasta Fast do Salvador Shopping, por exemplo me surpreendeu, pois escrevi um recado no papelzinho “Deixe a sua opinião” e o chef do restaurante me ligou agradecendo sobre a observação garantindo que tem intenção de melhorar seu atendimento e deixar o cliente satisfeito. Bem, esse aí está no caminho certo.
*Escrevi sim os nomes dos restaurantes e se os mesmos se sentirem ofendidos e quiserem escrever algo sobre o assunto, o espaço está aberto. A sugestão que dou é que melhorem seu atendimento e assim não perderão mais clientes.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Corrida de bigas (*) Por Herval Filho


Afinal de contas, será que alguém pode me dizer por que é que o baiano dirige tão mal?
Antes que me esculachem e depois me pendurem de cabeça para baixo num pelourinho, vou logo dizendo que sou baiano e ainda por cima nascido em Salvador. Contudo, não sou cego e ignorante ao ponto de achar certo andar como uma lesma pela esquerda, um louco kamikaze pela direita ou um alfaiate pelo meio, costurando os carros na pista como se fossem um "ponto cego" - desses que usamos para costurar bainha de uma calça, ou seja, para a direita e depois para a esquerda.
Minha carteira de habilitação foi tirada em Salvador, há mais de 30 anos e, só agora - depois de ter ido morar em outras plagas, faz 12 anos, que entendo o que um amigo queria me dizer com a frase: Quem dirige em Salvador pode dirigir em qualquer lugar do mundo. Aliás, como diria "Acarajette Love", famosa cantora de Axé Music do Casseta & Planeta, do mundo só não: da Bahia!

(*) Disputada no hipódromo, as corridas de bigas transcenderam em popularidade os Jogos Olímpicos com o Império Romano. O hipódromo de Olímpio era gigante e podia abrigar até 60 bigas correndo ao mesmo tempo. Com os romanos, a modalidade seguiu após os fins dos Jogos e chegou a ter conotações de Fórmula 1da antiguidade, com equipes estruturadas, patrocinadores e pilotos requisitados. A modalidade virou clássica no filme épico "Ben-Hur", de 1959.

Herval filho é um bom amigo de infância e hoje mora em Curitiba-PR