quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Por onde andam os nossos verdadeiros adolescentes? Por Káthya








Convivemos em Salvador com as mais variadas “tribos”, porém a triste realidade é a de que os nossos adolescentes se infiltraram no que outrora chamaríamos de submundo, e afrontam a tudo e a todos, não mais como os antigos “aborrecentes”, e sim como pessoas capazes de todos os tipos de leviandade. E onde erramos, nós, adultos?

Creio que a permissividade, a falta de autoridade, os momentos em que os castigos se fazem necessário, nas falas usadas para com os mesmos, e uma quantidade absurda de fatores que pluralizam a tal contexto.

Em verdade, não é o clima de verão que norteia em todas as estações que “esquentam” à libido, nem a famosa comida apimentada. É preciso sim, que valores familiares, ético, sociais e religiosos sejam reacendidos e preservados. Por toda e qualquer esfera da sociedade é preciso aparecer aquele que conduzira ao grupo, e isso ocorre desde a pré-história, e até mesmo entre os irracionais. Todavia, se o “chefe”, o “condutor” não tiver as rédeas, o controle, de nada adiantara.

Invadiram os nossos ouvidos com letras pornográficas e danças erotizadas que caberiam muito bem em um prostíbulo, as músicas tem a batida forte, o som contagiante, mas o que é loucamente despejado é algo demasiadamente podre. Daí, o que se observa é desde a mais tenra infância, atos insanos sendo batizados com os nomes mais variados possíveis. E, quando o carnaval se aproximava – e não faz muito tempo – já começávamos a imaginar o que estava por vir, mas agora, em todo o ano a cidade é contagiada por uma sodomia exaustiva, que numa total falta de controle, debocha da nossa verdadeira cultura.

E os nossos jovens? Esses, homens e mulheres, se despem de corpo e alma e seguem ao encontro da permissividade, da promiscuidade, das drogas, e tudo o mais que possa denegrir.

Nas escolas em sua maioria, os professores se sentem reféns dos fones de ouvido, os quais dominam as classes afrontando a quem quer que seja, e quando solicitado que o mesmo seja desligado, as afrontas vão desde a ofensa verbal a espancamento a aqueles que, em alguma era, foi visto em nossa Bahia, como mestres. E como esquecer nomes que encenaram a cultura desse País? O que fazer para “limpar” da nossa terra tais vândalos?

Creio que seja simples, porém exaustivo, uma vez que tal praga se espalhou provocando histeria quase que coletiva. Vamos unir famílias, professores, religiosos, e todos os que acreditem que são contemplados com a essência da vida, com a decência, com a moral, e juntos, reavaliarmos as nossas fraquezas, relembrando que os nossos antepassados lutaram para nos propiciar uma vida mais justa e digna, uma pátria mais sólida e gentil, um povo heróico e guerreiro. Não podemos esperar que em todos os verãos sejamos invadidos por outros povos que vêm a Salvador ver e se horrorizar com um carnaval de violência, onde as ruas são pavimentadas por dejetos humanos, as nossas praças se tornam motéis a céu aberto, os jovens são negociados pela prostituição, nos camarotes enjaulam-se pessoas, que a preços exorbitantes, são escoltados ate o local para que tenham “segurança” de observar nas ruas cenas que maquiavelicamente denigrem a nossa velha capital. E as drogas – Oh! Céus - se propagam em cada esquina e bloco levando consigo dependentes de uma falsa alegria, onde os sonhos se tornam pesadelos e já não mais da para caminhar contra o vento, sem lenço e sem documento, nada no bolso ou nas mãos.
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Káthya tem alguns artigos publicados no blogstorm. Confira nos artigos anteriores.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Desafio de um verdadeiro atleta









Desafio. Esta palavra pode ter muitos significados, porém na vida de Ricardo Serravalle ela tem representado mais que o cumprimento dos seus objetivos, foi este o responsável pela sua vitória perante os obstáculos impostos em sua vida.
Atleta desde a infância Ricardo teve passagens pelas categorias de base do Esporte Clube Bahia, pela natação, artes marciais, maratonas aquáticas e triathlon. Neste último, em julho de 2009, aos 32 anos quando se preparava para a Travessia a nado Mar Grande Salvador (14km em mar aberto) e uma prova de Triathlon Ironman (3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida) sofreu três AVC isquêmicos onde teve de ser submetido a um delicado procedimento para o implante de uma prótese cardíaca devido há um problema congênito no coração.
As dúvidas se iria sobreviver, se teria sequelas ou se poderia voltar ou não a pratica dos esportes permearam sua mente e produziram efeitos psicológicos devastadores. Com a ajuda dos familiares e médicos, após seis meses de recuperação ele já estava de volta aos treinamentos.
Mas o destino reservava ainda uma outra surpresa, apenas três meses após o seu retorno, numa partida de futebol com os amigos sofreu um grave acidente rompendo praticamente todos os ligamentos do seu tornozelo esquerdo, fraturando o tálus tibial, fíbula e sofrendo perda de cartilagens. Para recuperação foi realizada uma cirurgia de mosaicoplastia para reconstrução total do seu tornozelo com a colocação de quatro grandes parafusos e enxertos de cartilagens retirados do joelho esquerdo. Mais seis meses se passariam até que voltasse a encostar o pé no chão novamente. Os questionamentos sobre o porque daquilo tudo estar acontecendo emergiram novamente e, segundo o próprio Ricardo o conflito entre o que mandava o seu coração e o que dizia seu corpo foi um dos maiores desafios de sua vida.
“Pela primeira vez em minha vida acho que pude sentir um pouco o que é a depressão. Mas isso não durou muito, depois de algum tempo, ainda na fase de recuperação, decidi ouvir meu coração, afinal, não acho que deveria desistir. Fui atleta minha vida inteira, já me machuquei muito, não com tanta gravidade, mas amo o esporte. É como o ar que respiro, minha motivação para viver. Apesar de trabalhar na frente do computador, quando acaba o expediente me transformo numa espécie de super-herói e vou curtir meus desafios e realizações. Isso é o que dá prazer, isso é minha vida.”
Apesar de ter decido que não iria desistir dos esportes e consequentemente de sua alegria em viver Ricardo ainda tinha que passar por longas sessões de fisioterapia, afinal o estrago foi enorme, a cirurgia de reconstrução havia durado mais de seis horas e o seu médico, por precaução, não havia lhe dado muitas esperanças de um dia retornar as corridas.
Como um bom soldado seguiu à risca as recomendações médicas e logo estava de volta aos esportes se dedicando as provas de maratonas aquáticas enquanto ainda estava tentando a todo custo reabilitar o seu tornozelo.
Em maio de 2011, foram dados os primeiros trotes, mesmo que ainda de leve e, em julho, apesar de ainda sentir desconforto já estava correndo 07 km. Esta simples conquista o fez sonhar novamente em completar os objetivos traçados antes do AVC e do acidente com sua perna esquerda.
A Travessia a nado Mar Grande Salvador e o Ironman voltaram a sua mente como um grande desafio, desta feita não apenas para acalentar o seu espírito aventureiro, mas como o exemplo de superação para tantas pessoas que necessitam de estórias como essa como inspiração.
Após ouvir de várias pessoas que sua estória daria um belo livro. Ricardo, que também é escritor nas horas vagas, mesmo relutando inicialmente, repensou os conselhos e decidiu que este livro era praticamente uma obrigação.
“Se puder ajudar uma pessoa que seja já estarei realizado. Não penso em ganhar dinheiro com o livro, quero apenas ajudar as pessoas que passam ou passaram por dificuldades na vida e mostrar a elas que quando amamos algo, seja lá o que for, podemos vencer nossas limitações.”
Esta trajetória está sendo escrita e já tem título, se chama: “+ ALTO + RÁPIDO + FORTE. O Complexo do Super-Herói na Mente do Atleta”. Para tanto Ricardo conseguiu juntar ao projeto uma equipe multidisciplinar de primeira categoria que estão dedicados a tornar este sonho uma realidade.
Para quem deseja acompanhar este aventura basta acessar o blog do atleta. O internauta encontrará, além de todas as informações sobre o projeto e até um diário sobre esta aventura, muito conteúdo sobre esportes.
Todo este desafio para o livro ensejará em um ano e quatro meses de treinamentos e competições de alto rendimento, além de viagens, hospedagens e custos. Caso alguma empresa queira patrocinar este belo projeto poderá entrar em contato com o próprio Ricardo.





Para contatos e maiores informações acessem: www.ricardoserravalle.blogspot.com